sábado, 15 de outubro de 2011

Democracia manipulada

As forças da repressão a serviço das elites econômicas "nacional" e transnacional farão o que for necessário - inclusive e muito possivelmente, com o uso de armas letais - para esmagar os movimentos que se manifestam em diversas cidades do mundo neste sábado, dia 15 de outubro, pela implementação de democracias verdadeiras, em oposição às democracias manipuladas pelas corporações, golpeando fortemente seus integrantes, prendendo-os e tratando-os como criminosos. 


Em algum momento, certamente suprimirão a liberdade de essas pessoas manifestarem-se contra essa democracia manipulada, que transforma seres humanos em lixo ambulante não-reciclável (orgânico e que não presta mais para nada a não ser para mover, na forma de gás metano, a imensa máquina de exclusão representada pelo sistema neoliberal) e destroi a fauna, a flora e o ecossistema impulsionados pela ganância de acumular mais e mais, não importando como.

A nova fase do capitalismo, caracterizada pela grande precarização e subumanização das condições dos que dependem do trabalho para sobreviver, pela destruição do que ainda resta do que se convencionou chamar de Estado de bem-estar social (Welfare State, in English), e pela destruição ainda mais abrangente e acelerada do ecossistema tende a transformar o mundo e a maior parte de seus habitantes em algo horrendo, tal qual muitos filmes de "ficção" a que assistimos, e a confirmar a vinda da barbárie antevista por diversos pensadores de esquerda.


Comprova-se a distância e o divórcio entre a maioria dos vitimados pelo sistema neoliberal e seus representantes nos diversos parlamentos e poder executivo pelas medidas antissociais que têm sido aprovadas, as quais são repugnadas por grande número de pessoas que se manifestam nas ruas, nas praças e nos diversos veículos de comunicação acessíveis aos mais pobres.


Passando por cima  dessa grande indignação, o sistema a serviço das grandes corporações (financeiras ou não) demite funcionários públicos aos montes (vide Grécia, entre outros países europeus), força o rebaixamento de salários, precariza e subumaniza ainda mais as relações trabalhistas, e sucateia ou simplesmente privatiza os sistemas de assistência médica e previdência públicos (forçando os poucos que possuem alguma condição de migrar para os sistemas privados a fazê-lo), bem como os serviços essenciais à vida e à dignidade humanas, tais quais os de fornecimento de água e coleta de esgotos, e o de fornecimento de energia (elétrica, a gás, e outras), entre outros. 


A despeito de poderosos veículos de comunicação estarem cobrindo e até inserindo em seus noticiários (em diversas mídias e papeis impressos) pequenos espaços dedicados a noticiar os diversos movimentos de indignação contra as corporações e o sistema financeiro transnacionais, entre os quais o Occupy Wall Street (nos EUA) e o Democracia Real (nascido na Espanha), paralelamente desqualificam esses movimentos apontando-os como "sem rumo e fadados ao fracasso".


Afinal, não poderiam manifestar-se de outra forma os meios que se colocam como porta-vozes da mesma elite econômica que por anos a fio, desde o ressurgimento gradativo do sistema liberal aplicado ao mundo real (ou simplesmente neoliberal), no final dos anos 1970, até os dias de hoje, tentam convencer a maioria excluída e transformada em lixo orgânico da incontestabilidade da famosa frase de Margareth Thatcher, dirigida aos ingleses quando da implantação do neoliberalismo naquele país: "não há alternativa" a esse sistema.



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