quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma guerra por vez

Tendo adotado dentro de suas próprias fronteiras e imposto a outros países do mundo, principalmente através da guerra e de governos fantoches, um sistema nefasto que reduz o ser humano a uma mercadoria, visto fundamentalmente por sua utilidade em termos de minimização dos custos e maximização dos lucros,  o Império norte-americano estranhamente se diz incapaz de travar mais de uma grande guerra pelo mundo a fim de garantir a execução de seus interesses econômicos e geopolíticos nos mais diversos países e regiões.

Nenhum império costuma vir a público para divulgar suas limitações em termos bélicos. Se o faz, é porque não teme seus adversários, os quais muito provavelmente estão sendo subestimados.

Os estrategistas militares norte-americanos confiam muito em suas forças armadas e nos grupos de elite dessas, em seu sistema de inteligência e em suas armas e equipamentos de apoio  tecnologicamente avançados. Poucos deles admitem estarem perdendo a Guerra do Afeganistão e um número menor ainda admite ter perdido a Guerra do Iraque. Talvez livros de História bons e muito bons revelem, para os que estiverem vivos daqui a uns vinte anos, o quanto essas duas guerras, aparentemente vencidas pelas forças norte-americanas e seus aliados, significaram no sentido de colocar um dos países mais poderosos do mundo que já surgiram na rota do declínio.

De qualquer forma, não há motivo para júblio por parte dos que são e foram vítimas das forças armadas norte-americanas e de seus aliados, compostos, inclusive por forças mercenárias dos próprios EUA (Blackwater, por exemplo), a despeito de o principal país do mundo não ter mais condições de impor, sem o auxílio de seus aliados, sua ideologia excludente e autodestruidora a todos os países do mundo.


Pois,  apesar de não terem condições de fazê-lo sozinhos, os EUA ainda dispõem do auxílio de outros poderosos países, em termos bélicos, associados à OTAN e unidos no objetivo comum de continuar a impor a ideologia neoliberal (o liberalismo econômico aplicado ao mundo real) a todos os países do mundo que ainda não a adotaram ou não a aprofundaram ainda mais, balizados pelas determinações do FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial, OMC (Organização Mundial do Comércio) e outras.



Uma guerra por vez para os EUA - Visão Global

Na foto, da esquerda para a direita, Dick Cheney, George Walker Bush e Donald Humsfeld