sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Culto à exclusão e ao assédio moral (um rascunho de reflexão)

A busca de um climax por parte de alguns telespectadores ao assistirem "programas de eliminação", tais quais Big Brother, A Fazenda, O Aprendiz e outros similares em que muito provavelmente as partes mais aguardadas são aquelas em que superiores hierárquicos autoritários assediam moralmente seus subordinados, ou aquela em que esses mesmos primeiros citados dizem, com expressão sizuda e autoritária, "Você está demitido" ou, simplesmente, sem a tal expressão, "O eliminado dessa noite é ...", mostram que parece haver um culto à exclusão e ao assédio moral por parte de parte dos telespectadores.


Die Ideologie der Ausgrenzung, Vertreibung und Zerstörung des Ökosystems


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A terceirização proposta pelo PL 4330/2004

A terceirização, em muitos casos, não é apenas uma forma de precarização da prestação de serviços, mas sim, dependendo da precarização imposta aos que dependem do trabalho para sobreviver, é uma forma de sub-humanização do trabalho, um retorno àquelas condições desumanas a que eram submetidos os trabalhadores e trabalhadores (incluindo até crianças e outros grupos mais frágeis, porém dos quais pudesse se extrair a mais-valia) desde a segunda metade do século XVIII, em partes da Europa, até o período em que inicia alguma regulamentação para melhorar as condições e a remuneração dos que dependiam do trabalho para a subsistência em alguns países europeus, pouco depois da Primeira Guerra Mundial, no chamado entreguerras.

Muitas grandes corporações, bancos e instituições se utilizam desse tipo de contratação de funcionários para diminuir custos, ou, no economês dito em diversas mídias por economistas alinhados com o sistema capitalista neoliberal, diminuir "o custo unitário do trabalho", pagando muito menos aos terceirizados em relação aos funcionários da corporação ou instituição contratante, dificultando que tirem férias (naqueles casos em que o funcionário permanece prestando serviços à empresa contratante, mas tem de mudar para outra empresa contratada), não investindo na segurança desses trabalhadores ao exercerem trabalhos que envolvam risco de morte e insalubridades diversas, entre outros flagelos vividos pelos terceirizados.

Nas manifestações compostas por uma colcha de retalhos ideológica iniciadas em junho de 2013, exigiram diversas condições e direitos que deveriam ser fornecidos pelo Estado, ao lado de reivindicações próprias da direita neoliberal associada a outras vertentes da direita, mas não se viu nenhum grupo em número significativo se opor a esse aprofundamento da terceirização proposto pelo Projeto de Lei 4330/2004.

O relativamente conhecido refrão "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" talvez deve ser sido entoado por algum ou alguns dos manifestantes para os quais é indiferente a aprovação ou não do PL 4330/2004, que sequer sabem do que se trata, cerrando fileiras ao lado de empresários, banqueiros, investidores e classe média individualista e reacionária sem saber que são os quatro grupos citados que lhes apunhalarão pelas costas .


Die Ideologie der Ausgrenzung, Vertreibung und Zerstörung des Ökosystems

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O capitalismo neoliberal

quarta-feira, 18 de maio de 2016

O cliente e o inseto asqueroso

Faz algum tempo criei a expressão "o cliente em primeiro lugar, e o inseto asqueroso do ser humano, em último", pois todo cliente é um ser humano (pelo menos do ponto de vista da classificação científica das espécies), mas nem todo ser humano é classificado com sendo um cliente, pois este consiste em um estado transitório do ser relacionado ao seu poder de adquirir bens e contratar serviços, e não a algo que lhe é imanente.

Em um mundo dominado pela ideologia da exclusão e da destruição do ecossistema (a ideologia capitalista, principalmente a de vertente neoliberal), existem apenas as primeiras pessoas do singular (eu) e do plural (nós), sendo que, nesta última, não estão incluídas as primeiras pessoas com as quais não existe uma ligação afetiva. 

Percebe-se que no sistema dominante (capitalista e de vertente neoliberal) o ser humano somente possui algum valor quando e se estiver propenso a adquirir algum produto ou serviço, ou quando e se está na posição de empreendedor e/ou investidor, ou ainda, quando e se está na condição de capital humano.

Na condição de alguém que depende do trabalho para subsistir sem constituir-se em capital humano, ou, pior ainda, na condição de pobre, miserável ou desvalido, o ser humano nada mais é do que um lixo ambulante não-reciclável, que talvez sirva apenas como uma espécie de gás metano para mover a imensa e poderosa máquina de genocídio, exclusão e destruição do ecossistema representada pelo sistema capitalista neoliberal.

Obs.: texto construído em alguma data que não me recordo e publicado em 01 de Julho de 2007.