sábado, 3 de novembro de 2012

Resistência ao Neoliberalismo

O neoliberalismo (ou liberalismo econômico aplicado no mundo real, ou ainda, se preferirem, o capitalismo neoliberal) continua a ser implantado nos mais diversos países do mundo, apesar da negação desse fato por parte de muitos liberais, liberais-conservadores, fasciliberais e anarcocapitalistas por pretenderem a continuidade e o aprofundamento da implantação desse sistema.
 
Sob a ideologia neoliberal o Estado diminui drasticamente de tamanho nas áreas de proteção à vida, à dignidade e ao desenvolvimento humano (assistência médica pública, gratuita e digna de seres humanos, educação elementar, média e universitária pública, gratuita e de qualidade, previdência social em regime de repartição, assistência social, fornecimento de água tratada e coleta de esgotos, e muitas outras), as quais são privatizadas ou concedidas à chamada iniciativa privada ou entidades ditas "sem fins lucrativos" (muitas das quais são instrumentos para enriquecer ainda mais e dar mais poder a políticos, membros do governo e da elite econômica "nacional" e transnacional em conluio), e restringe sua atuação à defesa da propriedade e à coerção para que haja o cumprimento de contratos, não importando aos que controlam o Estado se essa defesa e essa coerção atentam ou não contra a vida e a dignidade humanas, nem contra a sobrevivência do ecossistema.
 
Sob este sistema são exigidas (principalmente pela elite econômica "nacional" e transnacional, mas também pela classe média individualista e reacionária) e feitas as chamadas reformas estruturais, as quais se traduzem nas privatizações e nas concessões já citadas, e também em precarização e até subumanização das relações de trabalho, demissão de funcionários públicos (principalmente dos que não pertencem às chamadas carreiras de Estado) abertura e desregulamentação da economia ao sistema financeiro transnacional, às importações de produtos e à atuação das empresas transnacionais, além do desfazimento de toda e qualquer regra que impeça o funcionamento do chamado "livre mercado" e outras medidas (impostas por organismos como o FMI, Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio, entre outras) que objetivam satisfazer fundamentalmente o investidor, o empreendedor, o capital humano e o cliente, e não os que necessitam do trabalho para subsistir e muito menos ainda o ser humano e seu valor em si .

Ajudem-nos, por favor, a conscientizar as pessoas do que significa a implantação da ideologia neoliberal, da ideologia fasciliberal (mistura de liberalismo ou neoliberalismo aplicado no campo econômico com o fascismo aplicado nos campos político, social e institucional) e do anarcocapitalismo no mundo real.
 
 

O texto supra consta (ou constava) da descrição da comunidade Resistência ao Neoliberalismo, que foi criada por mim no Orkut em junho de 2005 e, após atingir o número de mais de cinco mil filiados, está se extinguindo aos poucos para o alívio de muitos defensores da ideologia que transforma seres humanos em lixo ambulante não-reciclável, e destroi o ecossistema sem preocupar-se com as consequências, pois a avidez por poder e riqueza é muito mais forte. O apelo, ao final do texto, continua válido, principalmente com os fatos de que temos tomado conhecimento sobre a Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Inglaterra e tantos outros, para os quais a ideologia neoliberal se impõe com força revigorada. 
 
 

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