domingo, 27 de março de 2011

Trabalhadores de nível médio são maioria entre os desempregados

A matéria publicada no jornal Folha de São Paulo no dia 20 de março de 2011 não surpreende os que têm lido sobre a fase do capitalismo atual, exposta por grandes pensadores que estão ausentes das entrevistas dos poderosos veículos de comunicação a serviço do capital. O supreendente é que esses mesmos veículos, de vez em vez, exponham os efeitos colaterais desse mesmo sistema, a despeito de tentarem mitigá-los com soluções que não vão à raiz do problema, que é a própria natureza do sistema.

Sustenta a matéria que há um grande índice (percentual) de desemprego entre os que necessitam do trabalho para subsistir e que possuem entre 9 e 13 anos de estudo - sem considerar possíveis reprovações -, o que corresponde ao antigo 2º grau. Não há dúvida quanto a este quesito, a não ser o baixo percentual de desemprego, por mais incrível que possa parecer, atribuído a esta faixa de trabalhadores, pois certamente os percentuais de desemprego, subemprego e rotatividade são muito maiores.

As pesquisas de índices de desemprego do IBGE, órgão governamental, nunca expuseram a realidade existente nas grandes, médias e pequenas cidades brasileiras, nem mesmo na fase atual em que está no governo um partido denominado "dos Trabalhadores". As do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico) talvez estejam mais próximas da triste realidade deste País, e nos mostram o quanto foram sacrificadas a subsistência e a dignidade de milhões de trabalhadores e trabalhadoras desde o aprofundamento das reformas neoliberais no Brasil, a partir do início dos anos 1990 (governos de Fernando Collor e Itamar, passando pelo longos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva) até os dias de hoje.

Houve alguma melhora do quadro durante o governo Lula, é verdade, principalmente após a saída de Antonio Palocci e de início de uma maior influência de Guido Mantega e outros "desenvolvimentistas" sobre a política econômica,  mas sempre insuficiente para absorver, em empregos dignos de seres humanos e com um salário pelo menos razoável, a grande massa de miseráveis e de pobres desempregados e subempregados.



"Escolarizado é maioria entre desocupados" (Portal do jornalista Luís Nassif)

"Escolarizado é maioria entre desocupados"


"Mudança exige que trabalhador de nível médio ajuste expectativa" [2] (idem)

"País precisa aumentar formação técnica" [3] (idem)

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