quinta-feira, 29 de março de 2012

Privatização e Desnacionalização

O artigo de Adriano Benayon intitulado "Brasil Privatizado e Desnacionalizado", para o qual coloquei um link,  nos revela o quanto são efêmeros os números que se nos apresentam da economia brasileira, pois continuam submetidos à lógica de um sistema que endeusa a minimização dos custos e a maximização dos lucros para o deleite dos grandes empreendedores e especuladores, nacionais e transnacionais, e de seus agregados ditos "capitais humanos" (aqueles e aquelas que, em um certo tempo e espaço, desfrutam de parte dos capitais investidos em razão de seu diferencial em termos de conhecimento intelectual, técnico e/ou científico).

É frágil a estrutura econômica de um país que se embasa em exportação de commodities (petróleo bruto, minério de ferro, soja e farelo de soja, carne bovina, suína e de aves, etc) ou que pretenda tornar suas indústrias competitivas à custa de reformas estruturais que impliquem em desemprego, subemprego (vide propostas de reformas trabalhistas de empresários e investidores e na defesa do chamado Estado mínimo) e abandono à própria sorte de milhões de seres humanos desvalidos, rejeitados pelo mercado e que necessitam de um trabalho digno para sobreviver, e de igual modo à custa de privatizações e concessões a consórcios de empresas privadas nacionais e transnacionais de serviços essenciais e estratéticos.

Fragilizados e espoliados se tornam, igualmente os funcionários públicos vinculados à CLT (ou mesmo a estatutos) e que são demitidos pelos consórcios privados - às vezes integrados até por fundos de pensão de bancos e empresas estatais que sobreviveram às privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso -, que assumem o comando das ex-empresas estatais ou serviços públicos concedidos por longos anos, e também os usuários e consumidores de serviços essenciais e estratégicos privatizados ou concedidos à iniciativa privada e tornados mais caros, ao contrário do bombardeio de expectativa no sentido contrário, feita por poderosos veículos de comunicação.

Por trás dos clamores de representantes de grandes e médios industriais, agroindustriais, comerciantes, empresários, banqueiros e investidores há o forte desejo de que se extingam, através de reformas tais quais a reforma fiscal, a tributária, a da previdência, a administrativa e outras à la elite econômica, diversas despesas direcionadas aos mais pobres, à classe média baixa e até a classe média, ao mesmo tempo diminuindo o tamanho do Estado e direcionando parte significativa dos recursos de um Estado diminuído aos investimentos em infraestrutura para o escoamento de produtos destinados à exportação (as commodities já citadas), e a empéstimos de longo prazo feitos por bancos públicos tais como o BNDES, a juros baixos, e que depois de algum tempo cumprindo essa função sejam privatizados.

 
 
 
 
Aos que são verdadeiramente de esquerda (os verdadeiros socialistas) e de centro-esquerda (social-democratas, trabalhistas e ambientalistas de uma dessas duas vertentes) recomendo a leitura na íntegra e com muita atenção do artigo de Adriano Benayon intitulado "Brasil privatizado e desnacionalizado" para o qual coloquei um link logo abaixo. Se preferirem, por motivo de segurança ou outro, procurem o mesmo artigo digitando em algum sítio de busca as palavras-chave "Brasil privatizado e desnacionalizado", seguidas de "Adriano Benayon" e "Caros Amigos" e acessem o texto por esse meio.

 

Os textos abaixo são para melhor auxiliar os leitores na compreensão da linguagem econômica. Se preferirem, digitem em algum sítio de busca as palavras-chave que dão títulos aos links e acessem os textos por esse meio.





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