domingo, 7 de outubro de 2012

O ódio das elites e dos reacionários a Hugo Chavez

Há muito tempo ouve-se e se lê que Chavez é um ditador. Dizem que ele sempre consegue reeleger-se, e veem nisso um sinal de fraude. Citam-no como um populista, no sentido depreciativo e sem sequer ater-se ao significado completo e correto desse termo. Reprovam veementemente a política econômica implementada por ele, classificada como “estatista”, “populista” e “intervencionista”, entre outros adjetivos, e acusam-no de controlar com mão de ferro os veículos de comunicação venezuelanos.

Sempre que julgam necessário, veículos de comunicação tais como aquela revista cujo nome consta de um dos modos e um dos tempos em que o verbo ver é conjugado direcionam a sua carga de ódio a Chavez e a seu governo acusando-os de alguma coisa, ou de uma série de adjetivos depreciativos, injuriadores, caluniadores e difamadores, esforçando-se obstinadamente para arraigar em seus telespectadores, ouvintes e leitores o mesmo ódio e os mesmos valores e anseios que possuem, próprios de elites econômicas nacionais e transnacionais, muitos dos quais disfarçados de apego à democracia e a uma liberdade não devidamente definida e exposta.

Recentemente até mesmo uma emissora de televisão pertencente a uma fundação e que se pretende "pública" qualificou o sistema previdenciário venezuelano como o que menos abrangente em termos de proteção social, ao mesmo tempo em que alertava para o que colocaram como um problema sem solução, qual seja, o da futura inviabilidade do sistema previdenciário público e cujo modelo é de partição em razão da “aposentadoria precoce” e do escasseamento de contribuintes por causa  da dimunuição da taxa de natalidade, e igualmente da chamada população economicamente ativa.

Descaradamente, quase que sequencialmente a referida emissora tentou explicar e racionalizar os motivos pelos quais a previdência pública e em sistema de repartição é inviável, mal explanando sobre como são os sistemas de previdência de outros países tais como Estados Unidos, Alemanha e França, e sugerindo claramente que os contribuintes mais jovens - e, por extensão, aqueles que não são tão jovens e para os quais faltam muitos anos para aposentar-se - que recorram à previdência privada regida pelo sistema de capitalização.

As razões expostas são apenas algumas que inspiram o ódio das elites econômicas nacionais e transnacionais e parte da elite intelectual a Chavez. Estas aspiram o retorno ou (no caso dos países em que esta ideologia já foi aplicada em alguma medida) o aprofundamento da ideologia neoliberal na própria Venezuela e nos demais países latino-americanos que de algum modo na a implementaram na íntegra, que no mundo real se transforma em um sistema de reformas econôminas (ditas também estruturais) sem fim para beneficiar as elites citadas.
 

Leiam, por favor, na íntegra com atenção e reflexão o muito bom texto de Ignácio Ramonet intitulado “O porquê do ódio a Chavez”, publicado no sítio Outras Palavras, e que serviu de base para o pequeno texto supra. Quem preferir localizar o link para matéria usando algum sistema de busca, faça-o com usando as palavras-chave contidas no link abaixo e seguidas de Ignácio Ramonet.


O porquê do ódio a Chavez - escrito por Ignácio Ramonet

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